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Por que a seção mínima de cabos para ligação de lâmpadas é 1,5 mm²

  • Diogo Braga
  • 24 de nov. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 30 de jan. de 2024

Conforme determinado na norma NBR 5410 de 2004 e vigente até a data do artigo, a seção mínima (dimensão) de um condutor para instalação de ponto de iluminação é de 1,5mm², utilizados em circuitos cujos critérios sejam menores ou iguais aos valores limite de condução de corrente elétrica suportados pelo cabo em questão.

Daí surge uma questão a ser considerada com a inserção no mercado de lâmpadas que consomem muito pouco, quando comparadas às lâmpadas incandescentes, não mais comercializadas. Quais são os motivos que impedem a utilização de cabos com seção menor, ou melhor dizendo, mais finos nesse tipo de instalações?

Para ilustrar melhor a questão, vamos de um exemplo:

Em uma instalação, foi definida a utilização de uma luminária cuja característica elétrica da lâmpada é 127V / 15 W / FP = 0,55 (luminária com características comuns em uso residencial), e que o circuito para sua interligação possui 20 metros de comprimento.

Temos assim uma corrente consumida de:

Calculando uma sessão de cabo que gere uma queda de tensão de no máximo 4%:


Utilizando como referência uma instalação em eletrodutos flexíveis e parede de alvenaria, um cabo de 0,5 mm² atenderia com folga nosso circuito, mesmo se instalarmos 17 lâmpadas iguais a essa no mesmo ponto de consumo, o que valida nosso questionamento inicial.

● Um cabo de 0,5 mm² suporta 9 A se instalado em circuitos monofásicos, ou bifásicos em eletrodutos flexíveis e parede de alvenaria.

Justificando a Norma

A norma por sua vez, visa a flexibilidade dos sistemas, bem como a segurança na instalação no funcionamento continuo do circuito. Sendo assim, podemos numerar dois fatores determinantes para a necessidade da utilização de cabos de 1,5mm² mesmo em instalações cuja corrente não necessite, sendo eles:

● 1º - Possibilidade de modificar a lâmpada por uma de consumo superior.

As lâmpadas incandescentes que não possuem os níveis mínimos de eficiência energética saíram do mercado e não podem ser comercializadas desde 2015, não sendo comumente utilizadas em instalações padrões (são utilizadas somente como aspecto decorativo), o que diminui a possibilidade de uma instalação aplicar lâmpadas que possuam alto consumo energético.



Estas lâmpadas foram substituídas no comercio por lâmpadas halógenas, as quais possuem melhores índices de desempenho, mas mesmo assim não são tão eficientes como as de LED, por exemplo, e como o receptáculo (Bocal da lâmpada) é comum para todos estes modelos, é possível em casos extremos que se utilize lâmpadas cuja corrente do circuito de iluminação ultrapasse a capacidade de cabos menores.

Sendo assim, o primeiro motivo é a necessidade de flexibilidade da instalação afim de garantir sua segurança, já que quem define as lâmpadas a serem utilizadas é o consumidor, o qual não se atentará às especificações e limitações dos circuitos.

● 2º - Tração mecânica necessária para passar os cabos pelos eletrodutos.

Ao passar os cabos pelo eletroduto, o eletricista, os traciona, e em casos de eletrodutos dobrados, o profissional aplica mais força para que estes atravessem.

Considerando cabos mais finos, essa tração pode ocasionar o rompimento de alguns fios de cobre, provocando redução à sua seção o que ocasionará aquecimento indesejado quando aplicada correntes elétrica a estes.

Em cabos de 1,5 mm² essa situação é menos provável, pois a tração que eles suportam, em caso normais, é suficiente para que a instalação seja feita sem interferência na integridade dos fios de cobre que compõem o cabo.


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